Tuesday, May 09, 2006

Saio do meu canto
desbestífico-me
entro no castelo
atravessando os espinhos aguçados.
Trepo pelas paredes
imponentes
determinadas.
Sangram as garras antes do topo
esse por fim saúda-me
contigo
nos braços
sangrados os meus
Recolhem as garras
sabendo que jamais reexistirão
em mim
pois
quebrado foi o feitiço.
E lavado que foi o sangue
escorrido
pelas paredes dos guerreiros
restam as tuas gotas
de água pura
que me lavam as mágoas antigas
e me saciam os desejos futuros.
Valeu a espera...

1 comment:

Ariadne said...

Rola os olhos
Sobre a tela de um mundo novo,
Sem pestanejar,
No raiar da aurora imortal
E beija-me,
Beija-me só
Sem qualquer adorno
Pois dentro de mim
Guardo o retorno
Em espiral.

BB